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Psicoterapia existencial: Sair do mal-estar

Psicoterapia, Autoconhecimento Conhecer-se Compreende-se

Sofrimento psíquico

 

Vários motivos levam uma pessoa ao consultório de um psi. Pode ser um questionamento, um estranhamento, sem mal-estar incapacitante. Mas, em geral, é um sofrimento que pode estar instalado faz tempo ou aparecer de forma abrupta, após, ou não, o surgimento de uma nova situação: é a descompensação, onde os mecanismos de defesa que seguravam o edifício se tornam inoperantes. Constatamos então sintomas e psicopatologias:

  • Depressão, ansiedade, angústias, estresse, ataques de pânico

  • Bulimia, anorexia, adicções, transtorno obsessivo compulsivo

  • Psicossomáticos: insônia / perda de sono, hipertensão, taquicardia, sensação de falta e ar, vertigens, etc.

Muitas vezes, encontramos, por trás desses sintomas, temas e vivências que, afinal, muitos de nós cruzam em nossa existência:

  • Uma perda de sentido em relação ao que fazemos, uma dificuldade em escolher

  • Uma história de vida difícil, um trauma, um luto

  • Um medo do futuro, um sentimento de impotência, uma dificuldade em encontrar uma direção

  • Problemas relacionais, sofrimento no trabalho (burnout, assédio), etc.

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O psi deve ser especialista da minha psicopatologia ?

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Muitos pacientes pensam que sim, pois tranquiliza, e alguns psis se colocam como especialistas de uma série de patologias ou sintomas. Na minha orientação clínica, fenomenológica existencial, como em outras, pensamos que não existem receitas prontas para o tratamento da depressão, da ansiedade, dos ataques de pânico, etc. Por trás dos sintomas, existem significados diferentes em função de cada pessoa. Por exemplo, podemos estar presos numa anorexia por mil razões: pressão social sobre a aparência física, relação à comida, ao prazer, ausência de centro de interesse que dê um sentido à vida, trauma, bullying, etc. Afinal, pouco importa o sintoma ou a psicopatologia: procuramos compreender, dentre outras coisas, como o mal-estar se inscreve na história do paciente e na sua época, condição para ajudá-lo a encontrar uma estabilidade. A atenção é dada aos significados e sentidos, subjacentes ao mal-estar, que se impuseram ao paciente no decorrer das suas experiências únicas com o mundo. Em suma, a psicoterapia existencial pode lidar com qualquer psicopatologia.

estabilidade, caminhando

Sair do mal-estar: encontrar uma estabilidade e um agir

 

O reflexo é de querer se livrar dos sintomas e da dor o quanto antes, da mesma forma que tomamos um analgésico para acabar com uma enxaqueca. E por que não: pode ser muito útil para reencontrar um estado mais suportável e refletir melhor depois. Porém, e mesmo que possa parecer contra-intuitivo, a dor protege a vida. Ela preenche uma função. Existe uma doença, felizmente rara, que torna a pessoa portadora insensível à dor: por não sentir certos perigos, ela acaba se encontrando em grande perigo. Voltemos à enxaqueca: se for ligada a uma hipertensão e que nos limitemos a tratar a questão da dor, podemos chegar a ter mais tarde problemas cardíacos ou renais. É um pouco a mesma coisa com o sofrimento psíquico: o mal-estar e os sintomas são um alerta, é preciso compreender o que acontece, se dar conta de uma série de coisas. Isto é, se conhecer e se compreender no mundo, condição para (re)encontrar uma estabilidade e um modo de agir que faça sentido. Não existem atalhos para chegar lá, o que não quer dizer que o processo psicoterápico será necessariamente longo:  o terapeuta fenomenólogo existencial não fica mudo e procura ir "lá onde é importante", de acordo com o ritmo de cada paciente.

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