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Introdução à Terapia Situacional

  • Foto do escritor: Cyril Regnaud
    Cyril Regnaud
  • 24 de jan. de 2020
  • 3 min de leitura

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A proposta do curso que ora apresento foi debatida com dois colegas terapeutas da Gestalt Terapia. Consideraram que seria relevante e integrável à práticas deles, o que não foi tão surpreendente já que a Gestalt se apoia na fenomenologia e no existencialismo. A ideia é divulgar essa análise do mal-estar contemporâneo e os eixos clínicos propostos pelo autor para eventualmente criar mais adiante um grupo de estudo e/ou de supervisão.




O que é a terapia situacional?

Trata-se de uma ferramenta a mais para o trabalho na clínica com a crescente complexidade das demandas dos “novos” pacientes. A proposta é uma elaboração do psicanalista (fenomenológico existencial) e filósofo franco-argentino Miguel Benasayag para tentar compreender o sujeito afetado pelo mal-estar contemporâneo. Mal-estar que, segundo o referido pesquisador, se enraíza no que ele denomina crise epocal, com mudanças abruptas e rupturas antropológicas. Passagem de época que assim pode ser sintetizada: Até os anos 1970-80 o ideal de progresso anunciava a promessa de um futuro promissor. Atualmente, essa perspectiva se inverteu drasticamente. Nossa época, tornou-se obscura, complexa e o futuro é visto, não sem razão, como sendo repleto de ameaças. Isso significa que o sofrimento atual, muitas vezes, não é redutível a uma questão endógena e que, portanto, é preciso fugir, um pouco, do psicologismo e da psiquiatrização dos sofrimentos para compreendê-lo. Tais transformações culturais, inevitavelmente, afetam as subjetividades com implicações na vida cotidiana. Encontrar ou reencontrar um modo de agir na complexidade é o desafio para cada paciente e para cada um de nós como profissionais do campo psi.


Para quem quiser ler esse autor em português, existe apenas este livro que eu traduzi, sendo que me apoio em outros para o desenvolvimento do minicurso.


A título informativo, seguem alguns autores de referência do Prof. Benasayag: Baruch Espinoza, Jean-Paul Sartre, Ludwig Binswanger, David Cooper, Gilles Deleuze e Félix Guatarri.




Como é articulado o curso?

Em sete semanas, com um encontro semanal de aulas com duração aproximada de 2hs.


Conteúdo:

  • Conceitos básicos de Espinoza antes de caracterizar nossa época com um enfoque especial para a questão da digitalização e da hibridização homem-artefato;

  • Aspectos relacionados à prática clínica;

  • O sofrimento psíquico no trabalho ante os impasses da contemporaneidade. Sobre esse último assunto, a ideia é de ter uma visão geral dos fenômenos deletérios para a saúde mental no mundo organizacional, a partir de dois autores de destaque ao nível internacional que são Christophe Dejours (psicanalista) e Vincent de Gaulejac (sociologia clínica), articulando esses autores com as pesquisas de Miguel Benasayag.


Pra quem?

Psicólogos clínicos perplexos e/ou preocupados com a nossa época, que percebem que há um vínculo com o mal-estar dos seus pacientes e que não sabem muito bem o que fazer. A compreensão deve ser facilitada pra quem já se apoia na fenomenologia (ACP, Existencialismo, Gestalt), mas deve ser compreensível para os psicoterapeutas de outras abordagens que tenham interesse em identificar outras perspectivas para o trabalho na clínica.


Quando?

Aos sábados, das 10h às 12h, a partir do dia 14 de março.




Onde?

Em função do número de participantes e da preferência dos mesmos, veremos se os encontros serão na Tijuca (metrô Uruguai, próximo à praça Xavier de Brito, ou terminal da linha 213 – Muda) ou no Largo do Machado.


Número de participantes e valor

Pequeno grupo de 4 até 6 pessoas no máximo, para facilitar as interações sem consumir o tempo disponível. O valor é de 50 reais por encontro de 2h.


Emitiremos um certificado para quem precisar.


Interessado? Entre em contato pelo zapp: (21) 97478 3007


Até breve!Cyril Regnaud, psicólogo CRP-RJ 05/50817

 
 
 

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